Brasília – Consuelo González de Perdomo, ex-congressista colombiana libertada na última quinta-feira (10) depois de seis anos em poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), pediu ao presidente venezuelano, Hugo Chávez, que convença o grupo guerrilheiro da necessidade de renunciar a atos como seqüestros. As informações são da Agência Bolivariana de Notícias, órgão oficial de informação do governo venezuelano.
Ao participar da edição de ontem (13) do programa Aló, Presidente, González disse à Chávez que se, em alguma oportunidade, o presidente conversar com os porta-vozes da guerrilha, deve interceder pela mudança dos métodos de atuação do grupo: "Faça-os entender que, em uma luta armada revolucionária, deve-se ter como propósito central o homem, não se pode cometer atos como o seqüestro?.
Segundo a ex-congressista, tais ações atentam contra a dignidade humana. "Sei que eles [membros das Farc] são receptivos a uma discussão inteligente, mas, na Colômbia, já estamos cansados de pagar com sangue humano os interesses de alguns que não são maioria? disse González a Chávez. ?Recorro à você, para que os faça entender que tais feitos não chegam a parte alguma e nem a finais felizes.?
Chávez, por sua vez, afirmou estar de acordo com o pedido da ex-refém e recordou que falou precisamente dos métodos de luta da guerrilha com Iván Márquez, membro do Secretariado de Estado Maior Central das Farc. ?Acredito que as Farc devem levar em conta essa solicitação de Consuelo, à qual me incluo?, declarou o presidente venezuelano.