Os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado do Chile fizeram nesta quinta-feira uma proposta para um acordo político entre os estudantes e o governo que resolva o prolongado conflito estudantil no país. O presidente do Chile, Sebastián Piñera, apoiou a iniciativa dos políticos e embora não tenha dito quais passos dará, assinalou a necessidade de “buscar de uma vez por todas o diálogo fértil e fecundo, que é a única maneira que permitirá que avancemos a qualidade e o financiamento da educação, grandes prioridades dos estudantes”.

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O presidente do Senado, Guido Girardi, de centro-esquerda, afirmou que com os protestos os estudantes “conseguiram mudar o Chile. Eles precisam transformar o que fizeram em mudanças verdadeiras”.

Embora tenha manifestado ontem a vontade de dialogar, o governo de Piñera, conservador, ainda não deu nenhum passo concreto para resolver a crise que se arrasta há meses. Os estudantes protestam por melhores condições de ensino e são contra a privatização das universidades públicas. O ministro da Educação, Felipe Bulnes, apresentou uma proposta para evitar que os alunos afetados pela greve e que não participaram do protesto não percam o ano escolar.

Os estudantes chilenos conseguiram o apoio da maioria da população e isso repercutiu na imagem de Piñera, o qual possui no momento uma taxa de desaprovação superior a 53% dos chilenos, mostrou uma pesquisa recente. Manifestações enormes acontecem em Santiago desde junho. O protesto mais recente aconteceu na terça-feira desta semana e reuniu 100 mil pessoas.

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As informações são da Associated Press.