Congresso discute lei para favorecer Fast Food

O Congresso americano passará a discutir uma lei de autoria de um congressista da Flórida, Ric Keller, que isenta as cadeias de fast food de serem responsabilizadas por problemas de saúde que seus usuais freqüentadores possam a vir a apresentar. A lei foi proposta por Keller logo depois que um juiz recebeu processo acusando os alimentos do McDonald´s de prejudicar consumidores.

O juiz federal Robert Sweet, de Nova York, negou procedência a uma ação coletiva proposta por consumidores de que os alimentos da cadeia de fast food McDonald´s prejudica crianças e adolescentes. Ele alegou, em sua decisão, que os reclamantes não conseguiram provar que os clientes do McDonald´s não tinham consciência de que comer muito os alimentos dessa cadeia de fast food não era saudável.

Keller, ao entrar com seu projeto de lei, justificou sua importância, lembrando que a ação indeferida por Sweet abriu um precedente perigoso. “Se prosperar esse tipo de ação, todos os trabalhadores do McDonald´s terão de ficar atentos ao que pedem os consumidores, alertando-os de que comer muito do que pediram poderá fazer mal à saúde”, alertou Keller.

Advogados especializados advertem, porém, que a decisão do juiz Sweet não significa que os restaurantes de comidas rápidas estejam livres de processos de consumidores. Lembrou que no verão do ano passado alguns advogados de Nova York entraram com processo contra o McDonald´s, representando dois adolescentes obesos, de 14 e 17 anos. A alegação para o excesso de peso dos jovens, respectivamente, com 110 e 140 quilos, era que as cadeias de fast food estimulam o consumidor a ingerir grande quantidade de calorias com suas frituras, seus frangos, batatas e hambúrgueres.

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