Confrontos tribais deixam pelo menos 30 mortos no Quênia

Pelo menos 30 pessoas morreram, dentre elas cinco mulheres e cinco crianças, em confrontos entre duas tribos hoje no norte do Quênia. A violência de hoje aumenta o temor de que retorne a rivalidade entre os grupos, que disputam recursos naturais na região.

Segundo a Cruz Vermelha, outras 30 pessoas ficaram feridas na ação, que começou no início da manhã. Cerca de 150 homens armados da tribo Pokomo atacaram casas do grupo Orma no povoado de Kipao, próximo à foz do rio Tana.

Moradores da região e a polícia afirmam que o ataque foi feito em represália a outro ato dos Orma, que não foi especificado. Os agentes afirmam que os Orma pareciam estar preparados para uma vingança.

A Cruz Vermelha afirma que 45 casas foram incendiadas e o número de vítimas pode aumentar por causa da quantidade de pessoas gravemente feridas nos dois lados. A entidade internacional declarou que socorreu as vítimas e planeja a retirada dos feridos mais graves.

As duas tribos disputam recursos naturais na região, como a água do rio Tana e pastagens na mesma região. Entre agosto e setembro, mais de cem pessoas morreram na região, incluindo policiais, em ataques entre os grupos.

Segundo dados da Cruz Vermelha, os confrontos deste ano também provocaram o deslocamento de cerca de 12 mil pessoas da região, que é próxima ao porto de Mombaça. O temor é que o conflito piore com a proximidade da eleição presidencial no país, no mês de março.

Após último pleito, em 2007, mais de mil pessoas morreram em episódios de violência tribal, sendo o maior número na região do rio Tana.

Os Pokomo reivindicam a área próxima ao rio, que possui sistemas de irrigação que permitem a produção agrícola o ano inteiro. Isso faria com que o grupo se fixasse em um local, sem necessidade de migrar nas estações secas devido à falta de água.

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