Confrontos provocam fuga em massa da capital somali

Os confrontos entre insurgentes islâmicos e o governo apoiado pela Organização das Nações Unidas (ONU) provocaram hoje a fuga em massa de cidadãos da capital da Somália, Mogadiscio. Com isso, cresce o temor de que o governo seja derrubado, após uma semana de confrontos que já mataram mais de 100 pessoas.

 

Observadores temem que, se os insurgentes ligados à Al-Qaeda tomarem a capital, terão novamente um local seguro no Chifre da África. O litoral somali é uma importante rota comercial, nas proximidades da península arábica, rica em petróleo. O governo controla apenas uma via principal na capital, além de alguns edifícios oficiais. As forças somalis contam com o auxílio de 4.350 soldados da União Africana.

Não está claro quantas tropas o governo comanda no momento. Suas forças têm sofrido com deserções há dias, desde que a exclusão de dois grupos de soldados ajudou a elevar os confrontos esporádicos. Ontem, o ministro de Informação, Farhan Ali Mohamed, anunciou que o comandante-em-chefe das forças militares, general Said Dheere, foi substituído por um coronel da polícia, Yusuf Hussein Dhumaal.

Os moradores fogem há dias dos confrontos. As ruas de Mogadiscio estão calmas, com as lojas fechadas. Nem mesmo os chamados para preces foram feitos hoje, em algumas áreas do norte da capital.

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