Grupos de oposição ao governo Bashar Assad bombardearam áreas da cidade de Aleppo controladas por forças do governo nesta terça-feira, matando ao menos 12 pessoas, no que seria uma grande ofensiva para retomar o controle total da segunda maior cidade da Síria.

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Ativistas de direitos humanos disseram também que as forças do governo bombardearam áreas controladas pelos rebeldes em represália ao ataque, matando ao menos duas pessoas e deixando vários feridos.

A escalada do combate acontece em meio à movimentações diplomáticas. O representante das Nações Unidas para a Síria, Staffan de Mistura, está em Moscou, onde iniciou as negociações para reforçar e ampliar o acordo fragmentário de cessar-fogo.

A Rússia e os Estados Unidos trabalham para expandir a área na qual vigora um cessar-fogo na Síria, afirmou o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, nesta terça-feira.

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De Mistura deve pressionar para que o cessar de hostilidades também inclua Aleppo, onde os confrontos aumentaram nas últimas semanas. Hoje, o enviado da ONU se encontrou com o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, após ter se reunido com o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, na véspera.

Em Moscou, de Mistura disse que “é preciso ter certeza de que a cessação de hostilidades volte aos trilhos”.

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Aleppo tem sido o epicentro da violência na Síria nos últimos doze dias, período em que o número de civis mortos ultrapassou 250. A cidade não está coberta pela trégua declarada unilateralmente na semana passada pelo exército sírio, que envolve a capital Damasco e a província costeira de Latakia,

Fora de Aleppo, ataques aéreos também continuaram a ocorrer na cidade de Raqqa, a capital de facto do grupo extremista Estado Islâmico. Grupos da ativistas não souberam informar se o bombardeio foi conduzido por forças russas ou pela coalizão liderada pelos Estados Unidos.

Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, um grupo baseado na Inglaterra, houveram 35 ataques aéreos sobre a cidade que mataram ao menos 18 pessoas, incluindo 5 militantes do EI. Outras dezenas ficaram feridas. Pedidos por doações de sangue são feitos através de alto-falantes instalados nas mesquitas da cidade. Fonte: Associated Press.