“Combate à pobreza é prioridade”, comenta Cristina Kirchner

Cristina Fernández de Kirchner disse que "a luta contra a pobreza e o desemprego será prioridade em seu governo", em sua primeira entrevista depois das eleições, concedida ontem à noite ao jornalista e analista político Joaquín Morales Solá. Cristina não deu detalhes de seu plano de governo, mas falou da insegurança que afeta o país, principalmente a capital federal e a grande Buenos Aires, a inflação e sua vitória esmagadora.

Cristina disse que o triunfo eleitoral foi "um reconhecimento à gestão do presidente Kirchner". Sobre a insegurança, ela disse que "não a concebe como um mal diferenciado do modelo econômico". Segundo a presidente eleita, "a Argentina de um 20% de desocupação é insegura por definição". Portanto, para combater a insegurança, ela acredita que é preciso cuidar da pobreza, que atingiu 23,4% da população nos primeiros seis meses de 2007, segundo o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec). O desemprego atinge 8,5% da população, conforme os dados oficiais.

Ao ser indagada sobre como enfrentará a escalada da inflação, a presidente eleita não deu nenhuma resposta com uma lógica econômica. "Não estamos diante de um fenômeno de hiperinflação. Estamos entre 7 a 11% previsto este ano no orçamento. Houve um exagero nesse assunto". Cristina disse que quer estabelecer relações com todos os países, mas afirmou que a prioridade é "nosso lugar na América Latina, ampliar o Mercosul".

A presidente eleita também disse que gostaria que a Argentina fosse como a Alemanha . "Eu gostaria de ser um país exportador como a Alemanha, com um altíssimo grau de tecnologia, que é o que o distingue, o valor agregado, a inovação tecnológica. Eu creio que nós devemos fazer grandes coisas, sobretudo em matéria de alimentos, de software e informática".

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