O “pesadelo” da Costa do Marfim “chegou ao fim”, disse hoje o líder rebelde Guillaume Soro, novo primeiro-ministro do país. Tropas leais ao presidente eleito Alassane Ouattara capturaram hoje seu rival Laurent Gbagbo, que se recusava a deixar o poder. A informação foi divulgada pelo embaixador francês Jean-Marc Simon.

continua após a publicidade

A porta-voz de Ouattara, Sogona Bamba-Arnault, informou que Gbagbo foi capturado durante combates nesta manhã. “Houve fortes confrontos envolvendo soldados franceses, da Organização das Nações Unidas (ONU) e nossas forças contra as forças de Gbagbo”, afirmou, de Paris. “Assim que todas armas pesadas foram destruídas, Gbagbo estava lá e nós o detivemos”.

Segundo o embaixador Simon, Gbagbo foi detido e levado para o Hotel Golf, que tem funcionado como base para Ouattara, o presidente reconhecido internacionalmente. Uma porta-voz de Ouattara disse que a mulher de Gbagbo, Simone, também foi detida na operação e levada ao hotel.

Helicópteros da ONU e da França dispararam mísseis hoje contra a residência presidencial onde Gbagbo estava entrincheirado. Segundo o presidente francês, Nicolas Sarkozy, esse ataque foi uma represália contra atentados ao pessoal da ONU, missões diplomáticas estrangeiras e civis. Sarkozy e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, autorizaram os ataques, iniciados na noite de domingo. Eles acusam Gbagbo usar artilharia pesada contra civis.

continua após a publicidade

Um funcionário do governo francês negou algumas reportagens segundo as quais tropas francesas teriam prendido Gbagbo. Segundo esse funcionário, a prisão foi feita por tropas leais a Ouattara. Mas um auxiliar de Gbagbo disse que ele foi detido primeiro pelas forças especiais francesas e posteriormente entregue às tropas de Ouattara.

Para Claude Gueant, ministro do Interior francês, a captura de Gbagbo trará finalmente paz e prosperidade ao país. “Após os infortúnios que este país sofreu, vai finalmente desfrutar de paz e reconquistar o crescimento econômico. Eles merecem”, disse Gueant em Luxemburgo, após uma reunião de ministros do Interior da União Europeia (UE). As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

continua após a publicidade