Colômbia pede que Venezuela atue contra Farc

A Colômbia disse nesta terça-feira que espera que a Venezuela tome ações “efetivas” contra integrantes do grupo guerrilheiro Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que teriam buscado abrigo em território venezuelano após uma emboscada que matou 12 soldados colombianos.

O ministro da Defesa Juan Carlos Pinzón saudou a promessa do presidente Hugo Chávez de enviar tropas para áreas de fronteira como um “gesto apropriado”. “Agora, o mais importante é que tomem atitudes efetivas e realmente entre em ação”, disse ele, em entrevista levada ao ar pela W Radio.

Os soldados colombianos foram mortos na segunda-feira numa remota área rural perto da fronteira norte com a Venezuela, na península de Guajira, por guerrilheiros das Farc.

O Exército colombiano disse que é “muito provável” que os guerrilheiros tenham cruzado a fronteira, a partir da Venezuela, para realizar o ataque, e voltado pela fronteira.

“Não podemos nos envolver num conflito que não é nosso”, disse Chávez na segunda-feira na televisão estatal VTV, ao anunciar que havia ordenado o aumento da presença de efetivos na fronteira.

No passado, Bogotá acusou o governo de Chávez de dar refúgio a guerrilheiros colombianos, mas as tensões entre os dois governos melhoraram após a posse do presidente Juan Manuel Santos, que cultivou melhores relações com Caracas.

Pinzón disse que Chávez e Santos, e seus respectivos chefes militares, discutiram problemas de segurança pouco antes da emboscada desta segunda-feira.

Ele disse que há muito se sabe que “há pessoas que usam a fronteira como uma força de escape. Chegou a hora de nos comunicarmos com as autoridades venezuelanas sobre esses casos.”

As Farc têm intensificado os ataques contra forças de segurança em partes remotas do país no último ano. No dia 15 de abril, soldados foram mortos durante um confronto no departamento (Estado) de Caquetá. Em 11 de março, outros soldados foram emboscados e mortos no departamento de Arauca, leste do país, que também faz fronteira com a Venezuela. As informações são da Dow Jones.

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