As autoridades de saúde dizem que o zika vírus está se espalhando rapidamente em toda a Colômbia e Venezuela, alertando que as regiões da fronteira com o Brasil dos dois países podem ser os próximos focos. Especialistas em doenças infecciosas dizem que já há muitos casos nos dois países.

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A fronteira se tornou alvo de particular interesse das autoridades de saúde, que dizem que a situação é crítica na cidade fronteiriça colombiana de Cúcuta e florescente em uma série de vilas e cidades que se estendem ao norte até a segunda maior cidade da Venezuela, Maracaibo, perto da costa do Caribe.

A chegada do vírus, que produz sintomas geralmente leves mas pode estar ligado a uma desordem neurológica rara e a bebês que nascem com microcefalia, está assustando as pessoas, dado o número de casos no Brasil.

Dairy Varela, de 19 anos, grávida de quatro meses, descreveu que estava sentindo calafrios e dores quando se sentou na sexta-feira na sala de espera de uma clínica em San Josecito, no lado venezuelano da fronteira. Ela disse que os médicos não sabiam o que ela tinha, uma vez que eles não têm os materiais necessários para realizar exames, mas disseram que eram sinais característicos da zika.

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“Estou com tanto medo. Vi imagens na TV daqueles bebês que nascem com cérebros pequenos”, disse.

Até o final do ano, autoridades de saúde da Colômbia estimam que o país terá 500 casos de microcefalia e outros 700 de síndrome de Guillain-Barré, que pode causar paralisia e morte. A Colômbia divulgou na semana passada três mortes causadas por síndrome de Guillain-Barré associada a zika.

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