Colômbia denuncia retenção de 8 legisladores e jornalista por parte de Israel

Um jornalista e oito parlamentares colombianos ficaram retidos durante várias horas por soldados israelenses antes de cruzar a fronteira entre Jordânia e o território palestino ocupado da Cisjordânia, afirmou neste domingo o presidente da Câmara dos Representantes da Colômbia, Augusto Posada.

Aparentemente, a suposta aparência árabe e os sobrenomes de alguns dos congressistas deram origem ao incidente, que aconteceu em uma passagem fronteiriça controlado por Israel, completou Posada.

Os retidos integravam uma delegação que tinha viajado ao Oriente Médio com autorização do Congresso colombiano, que, por sua vez, foi convidado pelos dirigentes palestinos a participar da chamada Semana pela Amizade Palestina, realizada na cidade cisjordaniana de Ramala (capital administrativa da Autoridade Nacional Palestina).

Na delegação parlamentar estavam Pedro Muvdi, Fabio Amín, Jimmy Sierra, Mario Suárez, Arleth Casado, Lidio García, Joaquín Camelo e David Barguil, além de Daniel Salgar, o jornalista do jornal “El Espectador”.

“O Governo israelense obstrui nossa entrada e, agora, retém nossos passaportes”, escreveu no Twitter Pedro Muvdi, que em mensagens seguintes assegurou que “foi vítimas de humilhação”.

Muvdi também relatou que sua colega Arleth Casado teve seu celular confiscado por, “supostamente”, ter gravado imagens, enquanto Amín teve o passaporte retido “para investigação de seus antecedentes”.

Apesar das denuncias dos parlamentares colombianos, as autoridades de Israel não confirmam os supostos abusos cometidos por parte de seus soldados.
“Não houve nenhum incidente. Foi uma questão de rotina. Fizeram algumas perguntas ao grupo e, finalmente, os deixaram atravessar. É algo normal, o procedimento habitual de segurança”, explicou à Agência Efe o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lior Ben Dor.

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