Clérigo sunita egípcio pede assassinato de Kadafi

Manifestantes na capital líbia, Trípoli, saquearam a sede da televisão estatal do país, queimaram prédios dos Comitês do Povo, entidades que apoiam o regime de Muamar Kadafi, e entraram em choque com tropas do governo. Escolas, prédios governamentais e a maioria das lojas estão fechadas em Trípoli.

A rebelião se alastrou pela capital líbia e o número de mortos supera centenas. O governo ordenou que aviões militares atacassem manifestantes, mas Kadafi ainda permanece na Líbia, disseram o chanceler líbio, Mussa Kussa, e seu congênere da Venezuela, Nicolás Maduro. Os conflitos se agravaram e um dos principais teólogos do islamismo, o clérigo sunita egípcio Yusuf al-Qaradawi, que vive no Catar, emitiu um decreto (fatwa), no qual afirma que qualquer soldado líbio pode e deve assassinar Kadafi.

O site pró-governo Qureyna informou que o ministro da Justiça, Mustafa Abdel-Jalil, demitiu-se em protesto por causa do “uso excessivo da força contra manifestantes desarmados”. Segundo a emissora Al-Jazira, do Catar, pelo menos 61 pessoas foram mortas hoje apenas em Tripoli, enquanto os protestos contra Kadafi tomam conta da capital. Dois caças Mirage da Força Aérea da Líbia desertaram, com os pilotos conduzindo os aviões à ilha de Malta e pedindo asilo político. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

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