A China alegou que o confronto entre policiais e civis no condado de Shufu, a sudoeste de Kashgar e perto da fronteira com o Tajiquistão, foi organizado por um pequeno grupo terrorista. A agência de notícias oficial Xinhua noticiou que 16 pessoas foram mortas no evento, sendo 2 policiais e 14 assaltantes.

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O condado de Shufu fica localizada na região de Xinjiang, onde a maior parte da população é da etnia muçulmana uigur – uma minoria de origem turcomena que habita a região há muito tempo -, mas onde cresce o número de rebeldes.

O governo chinês tipicamente classifica tais incidentes como ataques terroristas ligados a grupos radicais estrangeiros, embora haja poucas evidências de que eles são meticulosamente organizados. Em muitos casos, a violência parece ser causada por revolta por causa da pobreza ou por regras estritas da cultura uigur.

A Xinhua descreveu os assaltantes como terroristas e disse que uma investigação inicial revelou que eles pertencem a um pequeno grupo terrorista de 20 pessoas, liderado por um homem identificado como Hasan Ismail. A Xinhua disse que 6 membros do grupo foram capturados, mas não informou se Ismail estava entre os mortos ou os detidos.

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A agência também disse que as autoridades procuravam por Ismail no condado de Shufu, quando foi atacada por pessoas com explosivos e armas de fogo na noite de domingo. Ligações a autoridades locais não foram atendidas, ou quando foram atendidas os oficiais disseram não saber sobre o ataque.

O ativista Dilxat Raxit, da etnia uigur e baseado na Suécia, disse que o incidente é o mais novo exemplo de como as forças de segurança da China estão optando por matar suspeitos em vez de capturá-los e levá-los a julgamento. “Agora eles estão abrindo fogo e matando pessoas, e então chamando eles de terroristas”, disse, por telefone. Fonte: Associated Press.

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