O número de mortos na explosão de uma bomba em Stavropol, cidade no sudoeste russo, subiu para sete hoje. O ataque ocorreu ontem perto de um centro cultural no momento em que pessoas se reuniam para assistir a uma apresentação de dança chechena. “Sete estão mortos”, disse um funcionário do serviço de resgate da cidade. Segundo ele, 33 permanecem hospitalizadas. A funcionária do comitê investigativo da cidade Yekaterina Danilova disse que o total de feridos chega a 41. Muitos em estado grave.
Segundo Danilova, cerca de 70 pessoas já foram interrogadas por suposto vínculo com a explosão. “Nós trabalhamos a noite toda”, contou. A Rússia enfrenta uma insurgência muçulmana no norte do Cáucaso, além de ataques quase diários na Chechênia, na Ingushetia e no Daguestão. Mas em Stavropol, cidade no limite norte do Cáucaso, raramente há atentados terroristas no confronto entre os rebeldes separatistas e as forças do governo.
Nenhum grupo assumiu até o momento a responsabilidade pela bomba. Funcionários reagiram com cautela, ainda que o governador regional, Valeri Gaevski, tenha culpado inicialmente “aqueles que não querem a paz no Cáucaso”. Em março, duas extremistas oriundas do Daguestão, no norte do Cáucaso, se explodiram no metrô de Moscou, matando 40 pessoas. O presidente Dmitry Medvedev qualificou a questão do Cáucaso como o problema doméstico mais sério do país.
Para ativistas pelos direitos humanos, as táticas duras e controversas das tropas russas para atuar no norte do Cáucaso contribuem para a instabilidade na região. As informações são da Dow Jones.