O chefe sudanês da missão de observação da Liga Árabe para a Síria, Mohammed Ahmed Mustafa al-Dabi, renunciou ao cargo neste domingo, horas antes do encontro de ministros das relações exteriores para avaliar a proposta do envio de uma nova missão ao país, incluindo monitores das Nações Unidas. O grupo, reunido no Cairo, também avalia a proposta de expulsar embaixadores sírios de capitais árabes.
A Liga Árabe tem encabeçado os esforços regionais para encerrar os 11 meses de rebelião contra o regime do presidente Bashar Assad. Um plano foi posto em andamento em dezembro, com o qual Assad havia concordado, e um grupo de observadores foi enviado à Síria para checar se o regime estava cumprindo com o prometido. Mas no mês passado, quando ficou claro que o regime de Assad desrespeitava os termos do acordo e que as agressões contra os manifestantes continuavam, a Liga Árabe retirou a missão de observação do país.
Autoridades da Liga disseram ainda que o grupo vai pedir aos grupos de oposição na Síria que eliminem diferenças e se unam sob um só guarda-chuvas, para aumentar a pressão contra o regime. A Liga avalia a possibilidade a reativar a missão de observação, expandindo-a para incluir monitores de países não-árabes, de nações muçulmanas e as Nações Unidas. Mas é provável que os sírios não aceitem uma nova missão.
Os ministros das Relações Exteriores do Conselho de Cooperação do Golfo – Arábia Saudita, Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Omã, Catar e Bahrein – também propõem a expulsão de embaixadores sírios de todas as nações da Liga Árabe. Os ministros querem ainda que as nações árabes retirem seus embaixadores de Damasco. As informações são da Associated Press.