O governo australiano pediu hoje que Israel retire um de seus diplomatas de Camberra. A medida foi tomada após o país encontrar evidências de que Israel estava por trás dos passaportes australianos forjados, vinculados ao assassinato neste ano de um líder do Hamas em Dubai.
O ministro das Relações Exteriores da Austrália, Stephen Smith, disse que pediu que a retirada do diplomata ocorra ainda esta semana. “Nenhum governo pode tolerar o abuso com seus passaportes, especialmente por um governo estrangeiro.”
A polícia de Dubai investiga o uso de quatro passaportes australianos, junto com passaportes de países como o Reino Unido, e a ligação desse fato com a morte de Mahmoud Al-Mabhouh, um graduado membro do grupo palestino Hamas, em 20 de janeiro.
Falando ao Parlamento australiano, Smith disse que os passaportes foram “deliberadamente forjados e clonados para o uso” em Dubai, segundo uma investigação das agências de inteligência da Austrália.
“A alta qualidade desses passaportes falsos aponta para o envolvimento de um serviço de inteligência de Estado”, notou, afirmando que outras pistas levaram à responsabilização de Israel pela fraude. Apesar disso, o ministro australiano “reafirmou a sólida amizade” de seu país com Israel.
Em março, o governo britânico também expulsou um diplomata israelense, após o país vincular a agência israelense Mossad com a fraude dos passaportes. As informações são da Dow Jones.