Brasil não quer impor sanções econômicas ao Paraguai

O vice-presidente da República, Michel Temer, reforçou hoje que o Brasil não está inclinado a impor sanções econômicas contra o Paraguai, em represália à destituição do presidente Fernando Lugo, um processo que já foi alvo de críticas duras por sua rapidez.

“O que a presidenta Dilma tem divulgado é que não haverá sanções econômicas. Pelo menos essa é a primeira ideia do Brasil”, disse Temer, durante participação em evento empresarial na cidade de São Paulo

Segundo Temer, o Brasil aguarda a manifestação dos demais países na reunião do Mercosul, que acontece hoje e amanhã em Mendonza (Argentina).

“Eu vejo também que o próprio ex-presidente Lugo tem dito que não se deve impor nenhuma sanção ao Paraguai, porque significa castigar o povo desse país”, acrescentou.

Temer disse ainda que o Brasil deve ser favorável a lançar “advertências” contra o Paraguai, mas sem tomar uma “atuação impeditiva ao avanço econômico” do país vizinho, um dos mais pobres da região.

O vice evitou tomar posição ao ser questionado se considerava o processo de impeachment de Lugo como um “golpe”, como declararam explicitamente outras nações sul-americanas.

Mas não deixou de comentar que a Suprema Corte paraguaia confirmou a decisão do Congresso local. “O que se critica, e é criticável, é a rapidez do processo”, concluiu. Entre a abertura do processo de julgamento político e a destituição de Lugo transcorreram 30 horas.

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