Boko Haram ataca cidade do Níger pela terceira vez desde sábado

Combatentes do grupo militante nigeriano Boko Haram atacaram uma cidade do Níger na fronteira com a Nigéria pela terceira vez nos últimos dias, informaram moradores nesta segunda-feira.

A nova investida acontece no momento em que o Legislativo do Níger se prepara para votar um projeto para o envio de tropas para uma força regional, com o objetivo de desmobilizar os extremistas.

Pelo menos 10 mil civis foram mortos no último ano em ataques do Boko Haram. O grupo sequestrou mais de 200 meninas que estudavam num colégio interno nigeriano, muitas das quais ainda estão desaparecidas. Os vizinhos da Nigéria, Camarões, Níger, Chade e Benin prometeram enviar ajuda militar. Em resposta, o Boko Haram ameaçou atacar os que auxiliarem no combate ao grupo.

O ataque realizado durante a noite à cidade de Diffa, no Níger, atingiu uma comunidade que já abriga dezenas de milhares de refugiados das ações anteriores do grupo extremista a outra localidades. A calma havia retornado ao local na manhã desta segunda-feira, mas foi o terceiro ataque desde sexta-feira.

“Disparos e fortes explosões foram ouvidos durante toda a noite até as primeiras horas da manhã”, disse Adam Boukar, dono de uma emissora de rádio em Diffa.

Na sexta-feira, quando Diffa foi atacada pela primeira vez, os combatentes do Boko Haram também sitiaram a cidade de Bosso. Na noite de sábado, Diffa foi novamente atacada, com combates que duraram até das 5h de domingo.

O combate ao Boko Haram vem tomando uma dimensão cada vez mais regional nos últimos meses. Na última semana, os extremistas realizaram ataques em Camarões e no Níger.

No sábado, autoridades regionais e da União Africana se reuniram na capital de Camarões, Yaoundé, para propor a criação de uma força de 8.700 homens para combater o grupo extremista, com soldados da Nigéria, Chade, Camarões, Níger e Benin.

Autoridades disseram que a nova força pode ser enviada já no início de março, embora questões relacionadas ao financiamento possam adiar o início dos trabalhos. Fonte: Associated Press.

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