Berlusconi fecha possibilidade de futuras alianças

O partido do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, Povo da Liberdade (PDL), fechou as portas neste domingo a qualquer tipo de colaboração com o ex-presidente do Governo italiano, Mario Monti, depois que este se mostrou disposto a retomar seu cargo se as forças políticas apoiarem seu programa.

Segundo o secretário do PDL, Angelino Alfano, com seu comparecimento neste domingo, Monti “fechou qualquer possibilidade de colaboração” no futuro.

“Tive um pesadelo: um novo governo Monti”, disse pouco depois Berlusconi em entrevista para o canal público “RAI1”.

Na esperada entrevista coletiva deste domingo, Monti rejeitou o convite de Berlusconi para liderar uma coalizão de centro-direita e criticou as contínuas mudanças de ideia do ex-primeiro-ministro.

Monti ressaltou, além disso, que não tinha entendido a “linha de pensamento” de Berlusconi nos últimos dias, pois ele qualificou seu governo “de desastre completo” para depois convidá-lo para “guiar uma coalizão de moderados”.

Além disso, Alfano destacou como Monti defende o IMU, o imposto sobre o primeiro imóvel, enquanto seu partido o abolirá se vencer as eleições.

Monti explicou hoje que seu nome não aparecerá nas listas eleitorais pois ele já é senador vitalício, e que também não quer ver seu nome associado à campanha.

Segundo as últimas pesquisas, uma coalizão de partidos centristas com Monti como líder poderia conseguir um apoio de 15% do eleitorado nas próximas eleições, por isso teria que fazer alianças para poder governar.