Eleições nos EUA

Barack Obama já soma 349 votos no colégio eleitoral

O democrata Barack Obama, já reconhecido presidente eleito nas presidenciais realizadas na terça-feira (4) nos Estados Unidos, por volta das 6h30 (horário de Brasília) desta quarta contava com 349 delegados no Colégio Eleitoral, contra 163 do republicano John McCain.

Obama venceu em Vermont (3), Virginia (13), Ohio (20), Connecticut (7), Delaware (3), Distrito de Columbia (3), Illinois (21), Maine (4), Maryland (10), Massachusetts (12), New Hampshire (4), Nova Jersey (15), Pensilvânia (21), Michigan (17), Minnesota (10), Novo México (5), Nova York (31), Rhode Island (4), Wisconsin (10), Iowa (7), Nevada (5), Colorado (9), Califórnia (55), Oregon (7), Washington (11), Flórida (27), Havaí (4) e Indiana (11).

McCain obteve os votos na Geórgia (15) Kentucky (8), Carolina do Sul (8), Virgínia Ocidental (5), Alabama (9), Mississippi (6), Tennessee (11), Oklahoma (7), Kansas (6), Lousiana (9), Dakota do Sul (3), Arkansas (6), Dakota do Norte (3), Texas (34), Wuomina (3), Utah (5), Idaho (4), Nebraska (5), Arizona (10), Alasca (3) e Montana (3).

Para ser eleito são necessários 270 votos. Faltam ainda os resultados de dois distritos: Carolina do Norte e Missouri.

O 44º presidente dos Estados Unidos, que tomará posse em 20 de janeiro do próximo ano, afirmou que sua chegada representa a mudança ao país e demonstrou interesse em trabalhar junto aos adversários republicanos.

“Foi um longo caminho, mas esta noite, graças ao que vocês fizeram hoje, nestas eleições, neste momento de definição, a mudança chegou aos Estados Unidos”, disse Obama durante a noite de ontem a uma multidão que se concentrou no Grant Park de Chicago para ouvir seu discurso de vitória.

Bastante emocionado, Obama, o primeiro cidadão negro a chegar à Casa Branca, agradeceu à sua esposa, Michelle, ao seu companheiro de chapa, o senador Joe Biden, e aos membros de sua equipe de campanha.

“Mas, sobretudo, nunca esquecerei a quem pertence esta vitória, pertence a vocês”, enfatizou Obama ocasionando gritos e aplausos de seus partidários.

O presidente eleito dos EUA contou durante o discurso que recebeu um telefonema de seu adversário, o senador John McCain, quem o parabenizou pela vitória. Obama também se declarou ansioso para trabalhar com McCain e sua candidata a vice, a governadora do Alasca, Sarah Palin, “para renovar a promessa deste país nos próximos meses”.

Segundo Obama, sua vitória “é a resposta” às dúvidas que tinham os “jovens e velhos, ricos e pobres, democratas e republicanos, negros, brancos, latinos, asiáticos, indígenas, homossexuais, heterossexuais, deficientes e não deficientes”.

O país “enviou uma mensagem ao mundo: que nunca fomos uma coleção de estados republicanos ou democratas, que somos e sempre seremos os Estados Unidos da América”, afirmou.

O presidente eleito também convocou os norte-americanos a se prepararem ao desafio de “duas guerras, um planeta em perigo e a pior crise financeira do século”.

“O caminho adiante pode ser longo” até que os Estados Unidos se recupere dos problemas que atualmente enfrentam, disse. “Mas prometo que, como povo, chegaremos lá”, afirmou.

As emissoras de TV estimaram que cerca de 100 mil pessoas foram ao Grant Park assistir ao discurso de Obama. Entre a multidão havia dois blocos que foram fundamentais durante sua campanha: os afro-americanos e os jovens, com menos de 30 anos; aos quais pediu que “resistam à tentação de cair mais uma vez” no egoísmo partidário e na “imaturidade que envenenaram nossa política durante tanto tempo”.

Também se dirigiu aos que acompanharam as eleições fora do país. “Nossas histórias são singulares, mas nosso destino é compartilhado”, afirmou.
Para Obama, “um novo amanhecer de liderança norte-americana está ao alcance das mãos”.

“Aqueles que querem destruir este mundo, os digo que os derrotaremos, e àqueles que buscam a paz e a segurança, saibam que os apoiaremos”, afirmou.