Bachelet pede política de segurança comum na América Latina

A presidente chilena, Michelle Bachelet, pediu nesta terça-feira (22) que seja pensada uma política de segurança e defesa comum na América Latina, ao receber os comandantes dos exércitos da Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru, Uruguai, Venezuela e Chile no Palácio de La Moneda.

Para Bachelet, uma política de defesa regional "é possível se colocarmos acima de qualquer consideração a confiança que atingimos, por exemplo, quando trabalhamos por um terceiro país em conflito, como é o caso de nossos irmãos do Haiti".

No Haiti, "estamos com uma grande quantidade de forças, trabalhando em terra muito unidos, e creio que isto tem sido muito relevante e positivo para o desenvolvimento de confiança e de trabalho conjunto entre nossas Forças Armadas", declarou a presidente.

Os chefes dos exércitos de países integrantes do Mercosul e associados estão no Chile para a décima reunião do bloco, que ocorre hoje em Puerto Varas, a cerca de mil quilômetros de Santiago, e vai até sexta-feira.

"Gostaria de convidá-los a ir um pouco mais adiante, para que possamos pensar juntos, os governos e as Forças Armadas, em uma política de segurança e de defesa comum entre um número cada vez maior de países da região, porque o tipo de desafios e o papel das forças armadas no apoio aos processos de desenvolvimento desses países é sumamente importante", disse Bachelet.

A presidente relembrou também a iniciativa dos exércitos do Chile e da Argentina, que criaram uma força de paz conjunta nomeada "Cruz do Sul", que funcionará sob comando único e tropas comuns.

Segundo Bachelet, "da América Latina, temos a oportunidade de mostrar ao mundo que nossas Forças Armadas podem ser um instrumento de paz e de cooperação em benefício de nossos próprios povos, e creio que neste sentido, podemos liderar esta tarefa".

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