Autoridade Palestina pede mais manifestações pacíficas

Em meio a um dos mais violentos dias de ataques aéreos em Gaza, o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, pediu hoje aos palestinos que se manifestem pacificamente contra a “agressão israelense”.

“Peço ao povo palestino que intensifique suas manifestações pacíficas nas ruas contra a agressão israelense em Gaza”, declarou Abbas em um discurso, no início de uma reunião da direção palestina. Ele também pediu “unidade” aos palestinos.

Abbas, chefe da Autoridade Palestina que desde 2007 governa apenas a Cisjordânia e não Gaza, também pediu uma reunião de emergência do corpo provisório de dirigentes da Organização para a Libertação da Palestina, que reúne também Hamas e Jihad Islâmica.

“A agressão está dirigida contra todo o povo palestino, não só contra o Hamas ou contra a Jihad Islâmica”, havia afirmado Abbas anteontem.

Milhares de palestinos protestaram na sexta-feira na Cisjordânia contra “a agressão israelense a Gaza”, com muitos deles manifestando o seu apoio aos disparos de foguetes de Gaza contra Israel e pedindo que o braço armado do Hamas “atinja Tel Aviv”.

Conflitos

A atual ofensiva de Israel na região é a maior desde a guerra de 2008-09, que durou 22 dias e terminou com 1.300 palestinos e 13 israelenses mortos.

Segundo o último balanço do exército, ao menos 766 foguetes foram disparados contra Israel. Destes, 493 caíram no sul do país e 273 foram interceptados pelo sistema, chamado Domo de Aço.

Hoje, a bateria antimísseis israelense interceptou dois foguetes lançados da faixa de Gaza contra Tel Aviv.
Ao menos dez palestinos morreram hoje em decorrência da operação israelense em Gaza, incluindo cinco crianças, segundo o oficial de saúde Ashraf al-Kidra.

Até agora, em cinco dias consecutivos de bombardeios, calcula-se que 69 palestinos tenham morrido e mais de 500 tenham ficado feridos desde quarta-feira, quando os confrontos bilaterais se intensificaram. Israel contabiliza três pessoas mortas.

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, afirmou que seu Exército está pronto para “expandir significativamente” as operações em Gaza, dando força a rumores sobre uma possível invasão terrestre iminente no território palestino.

Cerca de 75 mil reservistas estão em alerta para o caso de uma ofensiva terrestre.

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