Austríaca acusa pai de a manter cativa por 24 anos

Uma mulher disse à polícia na Áustria que seu pai a manteve prisioneira por quase 24 anos. Nesses anos, ele a violentou reiteradamente e destas relações teriam nascido pelo menos seis crianças. Em comunicado, a polícia austríaca identificou a mulher como Elisabeth F., 42 anos, desaparecida desde 29 de agosto de 1984. Ela foi encontrada pela polícia na cidade de Amstetten na noite de sábado 926) após uma informação.

O chefe do Bureau de Assuntos Criminais da Baixa Áustria, Franz Polzer, disse que o pai de 73 anos, identificado em comunicado policial à parte como Josef F., foi detido. À televisão, Polzer disse que encontrou e entrou na área do porão onde Josef supostamente prendeu e violentou sua filha por 24 anos. Ele disse que a área consiste em um hall estreito com vários quartos. As autoridades entraram na área neste domingo depois que o pai forneceu a direção e o código para desbloquear uma porta oculta.

Na cronologia dos eventos detalhada no comunicado, a polícia disse que Elisabeth F. havia aparentemente enviado uma carta um mês após seu desaparecimento pedindo que seus pais não a procurassem. Durante seu depoimento, Elisabeth F. disse à polícia que seu pai começou a violentá-la sexualmente quando ela tinha 11 anos e que a sedou, amarrou suas mãos e a prendeu no quarto no porão em 28 de agosto de 1984 na cidade de Amstetten.

Crianças

Nos 24 anos que se seguiram, ela disse que ele continuamente a violentou e que ela deu à luz seis crianças, prossegue o comunicado. Em 1996, ela teve gêmeos, mas uma das crianças morreu vários dias depois do parto por não ter recebido cuidados adequados. Josef F. teria removido o corpo do local e o queimado segundo o comunicado. Não ficou claro se o gêmeo que teria morrido está incluído no total de crianças divulgado pela polícia.

A polícia pegou Elisabeth e seu pai no sábado (26) perto do hospital de Amstetten após receber uma informação. Segundo o comunicado, Josef F havia libertado Elisabeth e duas de suas três crianças do porão e havia dito à própria esposa que Elisabeth voltara para eles. A terceira criança no porão, Kerstin F, foi encontrada inconsciente em 19 de abril no prédio de apartamentos onde os avós vivem, juntamente com um bilhete de Elisabeth pedindo que tomassem conta dela. Ela foi então hospitalizada em Amstetten em condições críticas.

A polícia disse que três das crianças foram registradas e viviam com os avós. Segundo o comunicado, Josef F. e sua mulher, Rosemarie, disseram às autoridades que as haviam encontrado perto de sua casa em 1993, 1994 e 1997, sempre com um bilhete da mãe. Na primeira carta, Elisabeth F. aparentemente disse que já tinha uma filha e um filho. Em outra carta, afirmou que havia dado à luz outro filho em dezembro de 2002. As outras três crianças aparentemente foram mantidas cativas com a mãe, disse Polzer.

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