O governo australiano pediu uma investigação policial sobre as operações da empresa Google acerca de suposta violação de privacidade, segundo informou hoje o procurador-geral Robert McClelland, em Sydney. McClelland explicou que o governo federal recebeu uma série de reclamações e quer que a Polícia Federal Australiana investigue o caso. No mês passado, o ministro de Comunicações, Stephen Conroy, acusou o Google de cometer “a maior violação individual na história da (lei de) privacidade”, coletando dados privados por meio de redes sem fio, enquanto fotografava cidades para seu serviço de mapas Street View.
McClelland se recusou a falar sobre resultados da investigação, mas declarou que “elas estão relacionadas, em grande parte, a possíveis irregularidades contra o Ato de Interceptação de Telecomunicações, que impede as pessoas de acessar informação eletrônica sem autorização”. Embora dependa da polícia abrir eventuais acusações formais contra a companhia, o procurador-geral afirmou que o governo sentiu “que havia temas substanciais que exigiam investigação policial”.
O Google se pronunciou dizendo que a coleta de alguns dados não foi intencional. “Foi um erro. Estamos conversando com as autoridades apropriadas para responder a qualquer pergunta que elas tiverem”, esclareceu uma porta-voz, em nota.
As acusações surgem depois de, recentemente, o Google ter informado que obteve inadvertidamente fragmentos de dados pessoais – enviados em redes sem fio desprotegidas -, por meio dos carros que fotografam as ruas para o Street View. A companhia avisou que entregaria as informações às autoridades de proteção de dados da Europa. A empresa também vem criticando o plano da Austrália de adotar filtros de internet, dizendo que ele poderia prejudicar sua reputação de ser uma democracia liberal, abrindo um perigoso precedente global. As informações são da Dow Jones.


