Vinte e sete pessoas morreram nesta quarta-feira (11) em Cabul quando extremistas islâmicos armados com fuzis e explosivos atados ao corpo invadiram o Ministério da Justiça e outro prédio do governo do Afeganistão, informaram autoridades locais. A milícia fundamentalista islâmica Taleban reivindicou a autoria dos ataques. Dos 27 mortos, 19 estavam nos edifícios públicos invadidos e oito eram supostos agressores, informou o general Mohammad Zahir Azimi, porta-voz do Ministério da Defesa do Afeganistão. Segundo Azimi, os oito agressores levavam explosivos atados ao corpo, três dos quais detonaram as cargas.

continua após a publicidade

Os outros cinco, que também levavam consigo fuzis e granadas, chegaram a controlar o Ministério da Justiça durante um breve período no fim da manhã. Mas por volta do meio-dia, forças de segurança que entraram no prédio acenaram pelas janelas para informar que a situação estaria sob controle. Os cinco suspeitos foram mortos. Num terceiro incidente perto do Ministério da Educação, a polícia matou um suposto agressor, informou o oficial Zulmay Khan. Não houve mais vítimas no local e não estava claro se o homem morto pretendia realmente atacar o Ministério da Educação, que fica perto do Ministério da Justiça.

Zabiullah Mujaheed, um porta-voz do Taleban, reivindicou os ataques em nome do grupo e alegou que as ações foram uma resposta a supostos maus-tratos sofridos por prisioneiros ligados ao grupo detidos em prisões afegãs. “Nós avisamos o governo para parar de torturar os prisioneiros”, disse Mujaheed. “Hoje nós atacamos alvos do Ministério da Justiça”, prosseguiu ele. As ações coordenadas perpetradas no centro de Cabul mostram que o campo de ação do Taleban vai muito além de seus bastiões no sul e no leste do país às vésperas da visita de um enviado especial do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, à região.

continua após a publicidade