Ataque suicida deixa 6 mortos no noroeste do Paquistão

Um ataque suicida, cujo alvo eram policiais, deixou seis mortos no noroeste do Paquistão nesta segunda-feira. Trata-se do mais recente ataque antes das eleições parlamentares, marcadas para 11 de maio.

O suicida, que dirigia uma motocicleta, detonou os explosivos que levava junto ao corpo ao passar por uma patrulha de polícia na cidade de Peshawar, noroeste do país, informou o chefe de polícia Liaqat Ali Khan.

Três policiais estão entre as mais de 30 pessoas que ficaram feridas na explosão, disse Khan. Muitos dos mortos e feridos eram pessoas que estavam num ônibus que estava por perto e foi mais afetado pelo ataque.

Imagens de televisões locais mostraram os destroços do ônibus e da motocicleta, enquanto equipes de resgate levavam os feridos para hospitais da cidade.

Nenhum grupo havia assumido a responsabilidade pelo ataque, mas as suspeitas são de que ele tenha sido realizado pelo Taleban paquistanês, grupo que há anos realizada um sangrenta batalha contra o governo e tem intensificado os ataques na medida em que as eleições se aproximam.

No domingo, o Taleban matou 11 pessoas em ataques com bombas durante um comício político e contra dois escritórios de campanha no noroeste do país. O grupo já matou pelo menos 60 pessoas em ataques contra políticos e funcionários de partidos desde o início de abril.

O Taleban ataca partidos políticos mais seculares, que apoiam ofensivas militares contra os militantes no noroeste. O grupo no geral não ataca legendas islâmicas e aqueles que são favoráveis a um acordo de paz com os militantes.

Por isso, teme-se que os episódios de violência acabem por beneficiar partidos que são mais brandos em relação aos militantes, porque conseguirão realizar melhor suas campanhas.

“A menos que o governo, a comissão eleitoral independente e as forças de segurança garantam que todos os partidos possam realizar suas campanha livremente e sem temores, a eleição pode ser seriamente comprometida”, declarou Ali Dayan Hasan, representante do grupo Human Rights Watch (HRW) no Paquistão, em comunicado divulgado nesta segunda-feira. As informações são da Associated Press.

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