Ataque mata seis supostos rebeldes no Paquistão

Mísseis supostamente lançados pelos Estados Unidos atingiram nesta quarta-feira (17) uma instalação usada por militantes islâmicos perto da fronteira entre o Paquistão e o Afeganistão. Pelo menos seis pessoas morreram no ataque, informaram funcionários da inteligência paquistanesa. O ataque ocorreu horas depois de o almirante Mike Mullen, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas dos EUA, afirmar que seu país respeita a soberania do Paquistão.

Dois funcionários de inteligência disseram que vários mísseis atingiram uma instalação na região tribal do Waziristão do Sul. O alvo era uma base usada por militantes do Taleban e do Hezb-i-Islami, outro grupo que confronta as tropas dos EUA e afegãs no país vizinho. Segundo a mesma fonte, informantes confirmaram seis mortes – suas identidades não haviam sido reveladas.

A embaixada dos EUA em Islamabad ainda não havia comentado o fato. O major Murad Khan, um porta-voz do Exército paquistanês, disse que ainda estava investigando o caso.

Soberania

Segundo a embaixada dos EUA no Paquistão, o almirante Mullen “reiterou o compromisso dos EUA com o respeito à soberania do Paquistão e para desenvolver futura cooperação e coordenação” entre os países em temas como a segurança.

O governo do Paquistão sofre cobranças populares, por causa de um ataque dos EUA no Waziristão do Sul, no dia 3. Segundo o Paquistão, foram mortas 15 pessoas nessa operação, todas civis.

Na terça (16), o general Athar Abbas, porta-voz do Exército paquistanês, disse que a ordem em casos semelhantes passou a ser abrir fogo contra as forças estrangeiras.