Assad rejeita sair e diz que não é “fantoche” do Ocidente

O ditador da Síria, Bashar Assad, rejeitou a hipótese de sair da Síria e disse que pretende viver no país até morrer, em entrevista exibida hoje pela televisão russa.

As declarações vêm dois dias depois de o primeiro-ministro britânico, David Cameron, sugerir que o dirigente sírio saia do país de forma segura se isso provocar o fim dos confrontos entre tropas do ditador e opositores, que começaram em março de 2011.

Em resposta, Assad disse que não é um “fantoche” para que os países ocidentais decidam para onde ele deve ir. “Não sou um fantoche. Eu não fui feito para que os ocidentais me digam que eu devo ir ao Ocidente ou qualquer outro país”.

O mandatário também deu uma advertência aos países ocidentais sobre uma possível intervenção militar na Síria, apesar de não acreditar que as potências façam uma guerra no país.

“A Síria é o último bastião do Estado laico, da estabilidade e da coexistência na região. Uma intervenção teria um efeito dominó que poderia afetar o mundo todo. O preço de uma invasão estrangeira poderia ser maior que o mundo está disposto a pagar”.

A entrevista completa será revelada pelo canal de televisão russo RT na sexta. O encontro entre os jornalistas e Assad aconteceu em uma casa, mas não mencionou em que cidade e quando ocorreu a entrevista.

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