Buenos Aires (Argentina) – O secretário de Relações Econômicas Internacionais da Chancelaria da Argentina, Alfredo Chiaradía, adiantou algumas prioridades que o país vai incentivar nos próximos seis meses, período em que estará à frente da presidência pro tempore do Mercosul.

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Segundo ele, o país vai priorizar a criação de um Código Aduaneiro e um programa de integração produtiva. No caso do código, o prazo para conclui-lo termina este ano – data fixada há 13 anos pelo Protocolo de Ouro Preto.

Por isso, a idéia do governo da presidente Cristina Kirchner é encerrá-lo ainda este semestre, para que os diferentes Congressos dos países do bloco possam ratificá-lo até o final do ano.

O código eliminará a dupla tarifa alfandegária, de modo a indicar o cumprimento do espírito de caminhar para uma união aduaneira e fomentar a livre circulação de mercadorias.

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Na última Cúpula dos Chefes de Estado do Mercosul, realizada em dezembro, em Montevidéu (Uruguai), o Conselho do Mercado Comum do Mercosul estabeleceu um prazo de 180 dias para se acordar um programa de integração produtiva.

Chiaradía indicou que a idéia é montar um sistema em torno do núcleo produtivo dos países bloco para que os insumos possam vir de empresas dos países e, deste modo, gerar um comércio intraindustrial no bloco.

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No que se refere à política exterior do Mercosul não deve haver novidades nas negociações com a União Européia. Mas com a Argentina na presidência, disse Chiaradía, terão início as conversações com a Índia e a União Aduaneira da África do Sul (sacu) com o objetivo de firmar um acordo de livre comércio tripartite.

O Mercosul acaba de firmar um Tratado de Livre Comércio com Israel, o primeiro feito fora da América Latina.