Arábia prende 149 suspeitos de pertencer à Al-Qaeda

A Arábia Saudita informou hoje que deteve 149 suspeitos de pertencer à rede extremista Al-Qaeda, em longas operações policiais conduzidas durante vários meses. Segundo a polícia, a detenção dos suspeitos evitou que fossem desfechados vários ataques contra funcionários públicos, personalidades da mídia e alvos civis.

As campanhas contra o terror na Arábia Saudita têm conseguido, em grande parte, esmagar as operações da Al-Qaeda no reino, desde que a rede extremista lançou uma série de atentados em 2003. Alguns militantes de destaque, contudo, conseguiram fugir para o sul da Península Arábica, atravessando a fronteira com o Iêmen, onde uma sucursal da Al-Qaeda estabeleceu um ponto de apoio no deserto, de onde planeja ataques na própria Arábia Saudita e em outros lugares do mundo.

As 149 detenções mais recentes foram feitas durante os últimos oito meses e indicam que os extremistas têm sido capazes de reconstituir suas células e estruturas de organização dentro da Arábia, em estreita ligação com elementos que estão no Iêmen.

O porta-voz do Ministério do Interior, Mansour al-Turki, disse que os detidos se organizaram em três células ao redor do reino saudita, cada uma sem conhecimento sobre os elementos que integram as outras. Além disso, existem várias outras células pequenas, subordinadas às três maiores.

Muitos dos suspeitos detidos eram sauditas, enquanto 25 eram estrangeiros, disse al-Turki. Uma mulher está entre os detidos. As forças sauditas apreenderam um efetivo de US$ 600 mil nas operações, informou al-Turki.

Os grupos têm contatos estrangeiros, levantam fundos e treinam seus seguidores no uso de armas e na manufatura de explosivos. Eles também enviam extremistas a regiões de conflito fora da Península Arábica, disse ele, sem entrar em detalhes.

“Descobrir essas células faz parte de um trabalho sem fim, que nunca acaba”, disse al-Turki. “As forças de segurança estão trabalhando sistematicamente para combater esses grupos, seja dentro do reino ou fora, uma vez que eles nos têm como alvos, bem como a outras pessoas, através da crença distorcida que possuem nos ensinamentos do Islã”, disse al-Turki. Segundo ele, a Interpol, polícia internacional, foi informada sobre algumas das detenções que ocorreram no exterior. As informações são da Associated Press.