A Universidade Americana de Manágua concedeu nesta quinta-feira, 27, à brasileira Raynéia Gabrielle Lima, morta a tiros em Manágua, o diploma de Medicina em uma cerimônia organizada pela direção e os estudantes da instituição onde ela cursava o sexto ano de Medicina. Raynéia estava perto de terminar o curso e já fazia residência.

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A brasileira trabalhava como médica do Hospital Carlos Roberto Huembes, da polícia nicaraguense. Segundo a embaixada brasileira em Manágua, ela havia saído do trabalho, onde era plantonista, quando foi vítima dos disparos.

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Raynéia ingressou ainda com vida no Hospital Militar Escuela Doctor Alejandro Dávila Bolaños às 23h30 de segunda-feira. O disparo tinha comprometido o fígado, o pulmão direito e o coração, segundo o governo.

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O caso

A estudante universitária foi morta a tiros na noite de segunda-feira 23 em Manágua, capital da Nicarágua, segundo a Embaixada do Brasil no país caribenho. A Nicarágua vive uma onda de protestos desde o dia 18 de abril, quando a população rejeitou uma proposta de reforma da previdência que depois foi abandonada pelo governo.

O governo brasileiro convocou a embaixadora da Nicarágua, Lorena Martínez, a dar explicações sobre o episódio. Além disso, chamou de volta o embaixador brasileiro naquele país, Luis Cláudio Villafagne, num gesto diplomático que expressa uma forte insatisfação.