‘Apenas ameaça da força pode parar Kadafi’, diz França

O ministro das Relações Exteriores da França, Alain Juppé, disse hoje que vários países árabes estão prontos para lançar uma operação militar a fim de derrubar o governante líbio, Muamar Kadafi. “Apenas a ameaça de uso da força pode parar Kadafi”, disse o chanceler francês. A França é o único país que reconheceu o Conselho Nacional da Líbia, comandado pelos insurgentes em Benghazi, como o governo legítimo do país. Hoje, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, pediu que o Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) aprove com urgência uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia.

“Vários países árabes nos garantiram que tomarão parte” de uma ação militar contra Kadafi, disse Juppé. Ele não mencionou especificamente nenhum país. A França agora luta não só pela aprovação da zona de exclusão aérea sobre a Líbia, como também pela formação rápida de uma força militar pequena contra Kadafi.

Os governos da Itália e da Alemanha rejeitaram o uso da força contra Kadafi e até mesmo da imposição de uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia. “A comunidade internacional não deve, na minha opinião, e não pode desfechar qualquer ação militar”, disse o chanceler da Itália, Franco Frattini. Segundo ele, bastam as sanções econômicas contra o governante líbio. Frattini disse que a Itália não importa mais petróleo da Líbia.

A Alemanha também rechaçou a criação de uma zona de exclusão aérea contra a Líbia. O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle, disse que isso levaria a uma “guerra” contra Kadafi. “Nós não queremos e não desejamos fazer parte de uma guerra civil no norte da África”, disse Westerwelle, em discurso bastante aplaudido no Parlamento alemão.

França, Grã-Bretanha e Líbano apresentaram ontem ao CS da ONU, a pedido da Liga Árabe, uma resolução que cria uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia. Rússia e China, integrantes permanentes do CS, são contra. Os Estados Unidos, embora apoiem um aumento da pressão sobre Kadafi, relutam em apoiar a criação de uma zona de exclusão aérea. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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