Americano é acusado de treinar com braço da Al-Qaeda na Síria

O americano Abdirahman Sheik Mohamud, de 23 anos, foi acusado de viajar para a Síria para apoiar o braço da Al-Qaeda no país. Trata-se do primeiro caso público contra um cidadão dos EUA acusado de viajar para se unir à luta na região e voltar ao seu país com planos de realizar um ataque terrorista.

Mohamud supostamente treinou com extremistas na Síria no ano passado, depois voltou para os EUA com instruções para realizar um ataque terrorista contra alvos policiais ou militares. Vivendo em Columbus, Ohio, foi detido em fevereiro sob a acusação de terrorismo. Ele enfrenta uma acusação de fornecer material de apoio a terroristas, outra de fornecer apoio material a uma afiliada da Al-Qaeda, conhecida como Frente Nusra, e uma terceira de mentir para agentes federais.

O advogado do suspeito, Sam Shamansky, disse que os relatos sobre os supostos planos de seu cliente “eram muito sobre conversa e pouco sobre ação”. Segundo ele, o cliente vem de uma família carinhosa, bem ajustada e que estava tentando fazer seu melhor em um novo país.

Já o Departamento de Justiça afirma que Mohamud de fato foi à Síria e recebeu treinamento em explosivos, armas e combate corpo a corpo. Segundo a acusação, o homem que ajudou Mohamud a chegar à Síria é seu irmão, Abdifatah Aden Mohamud.

Nascido na Somália, Mohamud recebeu sua cidadania americana em fevereiro do ano passado. Uma semana depois, fez o pedido de um passaporte. Em abril, comprou uma passagem de avião para Atenas, com uma parada em Istambul. Segundo a acusação, porém, ele nunca chegou à Grécia, indo em vez disso para a Síria.

Uma vez ali, Mohamud aparentemente mandou vídeos para um contato nos EUA, segurando armas, de acordo com a acusação. Em junho passado, seu irmão aparentemente morreu em combate na Síria. Mohamud voltou aos EUA e teria dito a uma pessoa, que não teve o nome divulgado, que foi à Síria para receber treinamento de combate.

Em fevereiro deste ano, um agente do FMI entrevistou Mohamud sobre suas viagens. Na conversa, ele negou ter deixado Istambul durante o período durante o qual o governo americano afirma que ele estava na Síria. Fonte: Dow Jones Newswires.

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