Os últimos acertos da declaração final da Conferência da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) sobre Segurança Alimentar, Mudanças Climáticas e Bioenergia, que termina nesta quinta-feira em Roma, estão sendo discutidos pelo bloco de países latino-americanos.
O Brasil defendeu os trabalhos da conferência e o representante do Ministério da Agricultura do país, Manuel Fernandes Bertone afirmou que "os resultados não serão vistos hoje, mas no futuro".
Já a Argentina não teve uma visão tão otimista. Segundo fontes da delegação do país, a Argentina se opõe à inclusão de referências à limitação da exportação agrícola e, em particular, a um trecho da declaração que diz "reafirmamos a necessidade de reduzir ao mínimo possível o uso de medidas restritivas que poderiam aumentar a volatilidade dos preços internacionais".
Ainda de acordo com fontes argentinas, é importante que se elabore um parágrafo "mais forte" de condenação ao protecionismo.
Outra questão difícil é o embargo norte-americano a Cuba. A delegação do país insiste para que o texto final da cúpula tenha uma passagem que, mesmo não contendo o termo "embargo", é facilmente relacionado à situação cubana: "reafirmamos que a comida não deve ser usada com instrumento de pressão política e econômica".