O ministro da Economia e vice-chanceler da Alemanha, Sigmar Gabriel, pediu aos líderes europeus que apoiem o plano da Grécia de convocar um referendo sobre as demandas que estão sendo feitas pelos credores do país. Na rádio alemã Deutschlandfunk, Gabriel afirmou que o referendo faz sentido se trouxer esclarecimentos sobre o programa de reformas grego.

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“A Europa não pode aceitar programas de 20 bilhões de euros ou 30 bilhões de euros para a Grécia sem qualquer condição”, observou Gabriel. Segundo ele, esse é o motivo pelo qual o governo deve perguntar à população se aceitam os termos que garantirão uma recuperação econômica gradual do país.

Ontem, o primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, convocou referendo para o dia 5 de julho para decidir se a Grécia deve ou não aceitar as demandas dos credores internacionais, prevendo aumento nas medidas de austeridade econômica em troca de mais ajuda financeira.

“Acredito que não deveríamos rejeitar à proposta de Tsipras como artifício. Isso (o referendo) pode fazer sentido se as questões forem claras, se ficar claro que um programa negociado estará sendo votado”, afirmou.

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Ele destacou que programa da União Europeia tem vários aspectos não inclusos nos planos anteriores, como investimento no crescimento econômico, no mercado de trabalho e medidas para combater o desemprego entre os jovens. Entretanto, “só fará sentido se o sistema político da Grécia estiver organizado de tal modo que a dívida não aumente a cada dia”, disse. Gabriel alertou Tsipras a não perseguir “objetivos ideológicos políticos” e ao invés, rejeitá-los.

Gabriel também criticou a União Europeia por não ter conseguido sucesso em uma solução conjunta sobre as cotas dos refugiados. Segundo ele, é uma grande vergonha que muitos países da Europa recusem refugiados e que essa questão ameaça o futuro da união. Os novos membros da União Europeia particularmente devem mostrar solidariedade em momentos difíceis, afirmou.

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