Agência atômica da ONU volta a negociar com Teerã em dezembro

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA, vinculada à ONU) retomará em dezembro as negociações com o Irã sobre o programa nuclear do país, que desperta desconfiança e é o principal motivo das sanções de países ocidentais ao país.

Segundo o porta-voz da agência, Gill Tudor, as reuniões acontecerão a partir de 13 de novembro. “O objetivo é concluir uma aproximação estruturada para resolver as questões pendentes em relação ao programa nuclear do Irã”.

As últimas consultas formais entre os dois lados foram em 24 de agosto. Neste ano, várias reuniões foram feitas, incluindo uma visita do diretor-geral da agência, Yukiya Amano, mas não conseguiram permitir que as duas partes chegassem a um acordo.

O órgão das Nações Unidas quer autorização de Teerã para entrar nas instalações nucleares do país, em especial na usina de Parchin, onde há suspeitas de que as autoridades realizem simulações de explosões nucleares.

Teerã diz que as atividades nucleares têm fins pacíficos, como a geração de energia e o uso em tratamentos médicos, mas os países ocidentais suspeitam de que o Irã queira produzir uma bomba nuclear.

Israel

A suspeita ocidental é compartilhada por Israel, que ameaça Teerã com uma ação militar. Ontem, o ministro da Defesa do Estado hebraico, Ehud Barak, disse que a República Islâmica diminuiu o ritmo de enriquecimento de urânio.

“Eles essencialmente atrasaram sua chegada à linha vermelha por oito meses”, disse Barak, acrescentando que não está claro o porquê da mudança de cronograma do Irã.

O ministro afirmou que o Irã conseguiu converter parte do material radioativo transformado para fins médicos para a produção de armas, mas que não foi o suficiente para produzir uma bomba atômica.

Em setembro, o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, disse que Teerã chegaria à possibilidade de ter uma bomba atômica em oito meses, o que o premiê chamou de “linha vermelha”.

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