Palocci terá na segunda-feira uma reunião de trabalho com a diretora do Departamento Fiscal do FMI, Teresa Ter-Minassian, que chefia uma missão especial que está no Brasil desde o início da semana só para discutir as mudanças. Segundo ele, no encontro com Ter-Minassian serão discutidos os estudos técnicos que foram feitos até agora para a montagem do projeto-piloto e desenhado um cronograma.
Pelo modelo atual de contabilidade das contas públicas, qualquer investimento, mesmo com retorno econômico, é considerado despesa. Desse forma, o setor público fica com menos espaço para investir, já que tem uma meta fiscal a cumprir: alcançar um superávit primário (receitas menos despesas, exceto os gastos com juros) de 4,25% do Produto Interno Bruto (PIB) nas suas contas.
O ministro deixou claro que os trabalhos da missão não são conclusivos e as discussões com o Fundo deverão durar até o fim do ano. “A missão não é conclusiva. Não teremos nenhuma decisão”, ressaltou. Mas a estratégia do governo é assegurar alguma flexibilidade para o próximo ano. O governo precisa estimular os investimentos em infra-estrutura para fechar os gargalos que possam comprometer o crescimento da economia nos próximos anos.
continua após a publicidade
continua após a publicidade