Movimentos sociais fazem manifestação pelo Dia do Trabalhador Rural

Cerca de 300 trabalhadores rurais vindos do interior do Paraná estão em Curitiba participando da programação organizada pela Coordenação do Movimentos Sociais do Paraná (CMS), para lembrar o Dia do Trabalhador Rural. Pela manhã, a mobilização fez uma caminhada que terminou no centro da cidade.

Os manifestantes pararam em frente a sede local do Ministério da Fazenda, onde foi feito um ato de protesto contra a atual política econômica. A população recebeu cópias da Carta ao Povo Brasileiro, com a assinatura das lideranças das entidades e de movimentos da sociedade e da CMS. Diz a carta que " de olho nas eleições de 2006, as elites iniciaram, através dos meios de comunicação, uma campanha para desmoralizar o governo e o presidente Lula, visando enfraquecê-lo para derrubá-lo ou obrigá-lo a aprofundar a atual política econômica e as reformas neoliberais, atendendo aos interesses do capital internacional".

Afirmando estarem preocupados com o processo democrático e também com as denúncias de corrupção que deixaram o povo perplexo, os dirigentes se posicionam " contra qualquer tentativa de desestabilização do governo legitimamente eleito, patrocinada pelos setores conservadores e antidemocráticos".

Diante da atual crise ? afirma a carta ? "o governo Lula terá a opção de retomar o projeto pelo qual foi eleito, e que mobilizou a esperança de milhões de brasileiros e brasileiras. Projeto este que tem como base a transformação da sociedade e do Estado brasileiros, uma sociedade dividida entre os que tudo podem e tudo têm e aqueles que nada podem e nada têm". Dentre as propostas enumeradas, pedem ao presidente Lula que realize e dê apoio a uma ampla investigação de todas as denúncias de corrupção que estão sendo analisadas no Congresso Nacional e que haja punição para os responsáveis.

Um dos discursos foi do coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), João Pedro Stédile, que disse estar preocupado com a política econômica, e defendeu uma mudança drástica em toda a estrutura do governo como alternativa para não haver crise. O coordenador pediu mudanças dentro do Banco Central, que, segundo ele, abriga em cargos de segundo escalão os mesmos homens que faziam a política do governo Fernando Henrique Cardoso.

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