A Associação Nacional de Apoio à Reforma Agrária (Anara), entidade ligada ao Movimento de Libertação dos Trabalhadores Sem Terra (MLST), tem três semanas de tolerância para comprovar onde gastou os R$ 2,2 milhões do último convênio assinado com o governo federal. Se não o fizer, o convênio será cancelado e o dinheiro terá de ser devolvido, com juros e correção monetária.
O MLST invadiu e depredou a Câmara no dia 6, deixando 24 feridos e prejuízo de mais de R$ 150 mil. A Polícia Federal e os órgãos de fiscalização de contas do governo desconfiam que a Anara usou dinheiro público para financiar a viagem a Brasília dos 600 militantes que praticaram o vandalismo. Só com o transporte, hospedagem e alimentação da comitiva, saída de cinco Estados diferentes, foram gastos mais de R$ 50 mil.
O prazo de prestação de contas do convênio venceu no dia 8, conforme constatou a ONG Contas Abertas, em consultas realizadas no Sistema Integrado de Administração Financeira da União (Siafi). Mas a entidade ligada ao MLST tem 30 dias de tolerância para enviar os dados.
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