Movimento nos portos do Paraná cresceu 17,1%

O movimento nos portos de Paranaguá e Antonina cresceu 17,1% em 2003. De primeiro de janeiro a 8 de julho, os embarques e desembarques totalizaram 16,4 milhões de toneladas (t), contra 14 milhões de t no mesmo período do ano passado. Houve crescimento tanto na exportação (15,1%, de 10,8 milhões para 12,4 milhões de t) quanto na importação (26,6%, de 3 milhões para 3,8 milhões de t). Em seis meses, foi movimentado o equivalente a 57,5% do total de 28,5 milhões de t registrado em 2002. Se continuar nesse ritmo, a previsão de atingir 31 milhões de t nesse ano será ultrapassada, disse ontem o superintendente da Appa (Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina), Eduardo Requião.

O complexo soja continua puxando o crescimento das exportações. O volume de soja em grãos embarcado até o momento pelo Porto de Paranaguá (4,1 milhões de t) é 41,3% maior que no mesmo período de 2002 (2,9 milhões de t). A projeção da Appa (Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina) é exportar 6 milhões de t de soja neste ano, contra 5,1 milhões de t no último ano. A direção portuária também prevê incremento de 30% no volume de óleo de soja. Foram embarcadas 709 mil t – ante 541 mil em igual período de 2001. As exportações de farelo já superam em 100 mil t os embarques de 2002: 2,8 milhões contra 2,7 milhões de t. Já a quantidade de milho está praticamente igual à do ano passado, pouco acima de um milhão de t.

Na carga geral, houve acréscimo de 4,7%, de 2,1 milhões para 2,2 milhões de t. Destaque para a elevação nas exportações de papel (22,9%), totalizando 161 mil t, couro (17%), somando 14,4 mil t e madeira (10,9%), registrando 659,2 mil t. Na importação, o principal item são os fertilizantes, prenunciando uma boa safra em 2004. Já foram descarregadas 2,4 milhões de t, contra 1,9 milhões de t em 2002. A importação de arroz em saco, que não tinha registro até essa data no último ano, já soma 88 mil t.

O Porto de Antonina também se destaca no balanço do semestre, com 316 mil t movimentadas, 41% mais que no mesmo período de 2002 (224 mil t). Só as exportações de ferro somam 105,6 mil t, 55,3% acima do embarque total em 2002. Houve expansão de 60% na venda externa de congelados (de 60 mil para 96 mil t) e 5,6% nas exportações de madeira (de 63,6 mil para 67,2 mil t). As importações de fertilizantes por Antonina somam 34,9 mil t, uma alta de 54,6% sobre o total do ano passado.

O fluxo de contêineres por Paranaguá teve elevação de 8,9%, passando de 127.998 TEUs (unidade correspondente a contêineres de 20 pés) para 139.489 TEUs. Nos primeiros seis meses, o Porto de Paranaguá exportou 25.882 veículos e importou 2.881.

Outro indicador do crescimento é o número de caminhões que passam pelo pátio de triagem do Porto de Paranaguá. De janeiro até ontem, 273.215 veículos, 64,9% mais que em igual período de 2002 (165.659), equivalendo a 91,2% do total do ano passado (299.299). Só de soja, o volume passou de 87 mil para 160 mil veículos. Os caminhões com milho passaram de 21 mil para 51 mil.

Investimentos

“Com os investimentos que faremos nesse segundo semestre, entramos com boas perspectivas para o ano que vem”, avalia Eduardo Requião, citando que a Appa tem cerca de US$ 30 milhões disponíveis para investimentos. Nessa semana, serão licitadas pequenas obras no cais, no valor de R$ 20 milhões. Ainda em 2003, a idéia é modernizar os ship loaders (responsáveis por levar a soja aos navios) e moegas. “Quando melhorarmos isso, podemos acabar com a fila de caminhões”, declara Requião. Ele também informa que a expansão do Cais Oeste será viabilizada em breve, através do DNIT e uma contrapartida do Porto. (Olavo Pesch)

Causa foi pane e mau tempo

Na segunda-feira, um raio atingiu a rede de fibra ótica do Porto de Paranaguá às 11h, deixando o pátio de triagem sem comunicação com o departamento de informática por 14 horas. Com o tempo chuvoso impedindo o carregamento dos navios e os armazéns lotados, voltou a se formar fila de caminhões na BR-277, chegando no Contorno Leste, na Região Metropolitana de Curitiba. O sistema foi restabelecido à uma hora da madrugada de terça-feira, quando 1.297 caminhões foram liberados do pátio. Ontem, com o tempo estável, o recebimento de mercadorias estava normalizado. A fila na estrada tinha cerca de 14 quilômetros. Quatro navios estavam atracados para receber carga.

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