O motorista Francisco das Chagas Costa, que prestou serviços para assessores da prefeitura de Ribeirão Preto durante a gestão de Antonio Palocci ? hoje ministro da Fazenda ?, disse hoje (8), em depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos, que Palocci esteve na casa de Vladimir Poletto em Brasília. A afirmação contradiz depoimento do ministro na CPI, que afirmou nunca ter estado na casa.

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"Todos me ligavam quando vinham para cá (Brasília). Eu vi o Palocci lá umas duas ou três vezes, sempre durante o dia", disse o motorista. Segundo Costa, a casa foi alugada por R$ 60 mil, pagos em dinheiro e servia para reuniões entre Poletto, Rogério Buratti, Ralf Barquette e outros assessores de Ribeirão Preto.

Os senadores convocaram Francisco das Chagas Costa para investigar a denúncia de que Palocci teria recebido propina da empresa Leão & Leão – prestadora de serviço de coleta de lixo na cidade.

Os dois últimos depoimentos de hoje na CPI dos Bingos, de Mauro Pereira Júnior e Paulo Antônio Henrique Negri, serão realizado em reunião secreta. O sigilo foi solicitado pelos depoentes por motivos de saúde. A informação foi dada pelo presidente da CPI, Efraim Moraes (PFL-PB), logo após o depoimento na Comissão de Marilene do Nascimento Falsarella, funcionária pública há 22 anos que trabalhou no gerenciamento de contratos de limpeza da prefeitura de Ribeirão Preto (SP) na gestão do ministro da Fazenda, Antônio Palocci.

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Mauro Pereira Júnior também foi funcionário da Prefeitura de Ribeirão Preto durante a segunda gestão de Palocci (entre 2001 e 2002). Ele cuidava do gerenciamento do serviço de varrição que ficava a cargo da empresa Leão&Leão. Paulo Antônio Henrique Negri foi o funcionário que substituiu Mauro Pereira Junior quando saiu da prefeitura.

A CPI foi criada para investigar e apurar a utilização das casas de bingo para a prática de crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores, bem como a relação dessas casas e das empresas concessionárias de apostas com o crime organizado.

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