Dezesseis ministros chegaram à residência do ministro das Comunicações, Hélio Costa, na tarde desta terça-feira (4) para traçar a estratégia de atuação do primeiro escalão de governo no segundo turno da campanha presidencial. Além de Costa, estão até agora no almoço os ministros da Fazenda, Guido Mantega; de Minas e Energia, Silas Rondeu; do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan; de Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende; da Justiça, Márcio Thomaz Bastos; das Relações Exteriores, Celso Amorim; do Turismo, Walfrido Mares Guia; da Cultura, Gilberto Gil; das Cidades, Márcio Fortes; dos Transportes, Paulo Sérgio Passos; dos Esportes, Orlando Silva; da Saúde, José Agenor; da Controladoria Geral da União, Jorge Hage; das Relações Institucionais, Tarso Genro e da Casa Civil, Dilma Rousseff.
Mares Guia, que ontem anunciou sua licença para ajudar na campanha de Lula, disse hoje que essa decisão ainda será submetida a análise do presidente. O ministro disse que seriam férias de 15 dias, mas que dependem ainda de avaliação de Lula. Ele disse que não vê problemas em se afastar do ministério, já que seriam só 15 dias, e as atividades da pasta seriam coordenadas por sua equipe técnica, a quem ele considera competente. "O que a lei permite, se houver conveniência de todas as partes, é tirar férias", disse o ministro. "Quinze dias não compromete nada", concluiu.
Segundo ele, outra possibilidade seria continuar no Ministério e se dedicar à campanha fora do horário de trabalho. A lei, segundo o ministro, permite o desempenho de ocupações e político. Mares Guia afirmou que a oposição não pode usar isso para criticar o governo, porque eles também tem integrantes em cargos públicos e fazem campanha. "A oposição não pode usar isso contra o governo. Não é um malefício, não é uma desocupação nem um desrespeito à lei. É uma coisa prevista", disse.
O ministro disse também que seria pequeno dizer que "determinadas pessoas estão deixando de trabalhar para se ocupar com a campanha". "Campanha é um ato de cidadania. Temos que votar, temos que explicar, temos que justificar, discutir, debater sobretudo tendo os bons resultados que nós temos", afirmou.
Mares Guia disse que o almoço de hoje é para discutir ações coordenadas dentro dos próprios estados dos ministros e com outros estados também posicionados.


