Ministro quer abertura de escolas públicas nos finais de semana

O ministro da Educação, Cristovam Buarque, pretende discutir com secretários estaduais e municipais a possibilidade de as escolas públicas abrirem nos finais de semana como espaços de lazer e esportes para as comunidades. A idéia, que já vem sendo implementada em cerca de mil escolas de alguns Estados, como Rio de Janeiro e Pernambuco, foi discutida hoje com o representante da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência ea Cultura (Unesco) no Brasil, Jorge Werthein.

Cristovam Buarque disse que a experiência mostrou que projetos desse tipo contribuem para uma redução de até 80% no vandalismo nas escolas. Segundo ele, os gastos com o projeto provavelmente são inferiores aos custos para consertar escolas depredadas. “Não fazer isso é provável que custe mais”, disse o ministro.

Além de reduzir o vandalismo, a idéia pode despertar nos jovens a vontade de estudar, o que poderá ajudar no combate ao analfabetismo. “A nossa idéia é atrair os alunos que não são bons alunos para que se tornem bons alunos”, afirmou o ministro da Educação. Cristovam pretende tocar o projeto com os ministérios dos Esportes, Cultura e Justiça.

Antes de discutir o projeto Abrindo Escolas com o ministro da Educação, o representante da Unesco no Brasil esteve  no início da semana, com o ministro dos Esportes, Agnelo Queiroz. Segundo Werthein, o projeto atende aproximadamente 500 mil pessoas em seis Estados e funciona com a colaboração de voluntários.

Werthein também concorda com a proposta de utilização de espaços ociosos, como as quadras poliesportivas de indústrias e das Forças Armadas, nos finais de semana. “Para muitas pessoas, perto de casa não há opção de lazer. Apenas bares”, disse.

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