São Paulo – O ministro da Previdência Luiz Marinho disse nesta sexta-feira (13), em São Paulo, que uma proposta elaborada sobre a reforma da previdência deve ser apresentado pelo Fórum Nacional da Previdência Social ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no final de setembro.

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"Estou montando um grupo técnico para que assim que consolidar o fórum em agosto, no mais tardar no final de setembro, a gente possa apresentar ao presidente Lula sugestões de quais mudanças nós deveríamos implementar", afirmou o ministro.

De acordo com Marinho, o primeiro aspecto que está sendo considerado para a reforma da previdência é o fato de que ela continuará a ser pública, "com garantia de uma proteção mínima aos trabalhadores brasileiros". Outras questões que estão sendo avaliadas pelo governo são a garantia de que, no futuro, continuará existindo a previdência e trazer para ela os "28 milhões de brasileiros e brasileiras que estão fora da proteção da previdência social" atualmente.

"Estamos trabalhando numa visão de longo prazo para dar garantias de sustentabilidade de que nossos netos e filhos poderão ter a cobertura da previdência", disse Marinho, em entrevista aos jornalistas após participar nesta sexta-feira de uma mesa de debates sobre o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) em São Bernardo do Campo (SP).

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Marinho salientou que os trabalhadores brasileiros que estão prestes a se aposentar não devem temer a reforma da previdência. "Quero dizer mais uma vez que os trabalhadores que estão próximos de se aposentar que não se preocupem com isso porque o nosso governo, o governo do presidente Lula, trabalha para a manutenção e o compromisso dos seus contratos. E há um contrato em vigor com os trabalhadores. E esse contrato será preservado".

"É preciso preparar a previdência para que ela tenha sustentabilidade a longo prazo, e não fazer mais um remendo nesse momento aqui, para que nós que nós possamos ter a previsibilidade de uma previdência de longo prazo", afirmou o ministro, que acrescentou que o censo da aposentadoria por invalidez acontecerá, de fato, em julho.

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"Faremos esse censo sem atropelos, sem tumulto, com o objetivo de dar garantias a quem tem o direito. Agora, quem não tem direito não pode continuar recebendo o benefício", disse Marinho.