Ministro avalia que conjuntura do país dissocia economia da crise política

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, ressaltou, nesta terça-feira que, embora a democracia brasileira seja "razoavelmente jovem", o país consegue separar, na atual conjuntura do país, a crise política da econômica.

"Tem uma crise política muito séria no país, que nós precisamos olhar do ponto de vista de valorizar o que nós estamos vivendo", afirmou Marinho, durante a abertura do "2º Seminário Nacional Caixa: Nós Podemos", promovido pela Caixa Econômica Federal como parte da programação da Semana Nacional pela Cidadania e Solidariedade.

Luiz Marinho disse que os números da economia brasileira demonstram que o país não está em crise. "O Brasil não está em crise, nós temos uma crise política muito séria. Mas, quando se diz que o Brasil está em crise, logo lembra empresas quebrando, saques nas lojas, isso não está acontecendo no país, muito pelo contrário. Temos números de consistência da economia brasileira, de crescimento, de geração de emprego, que dizem outra coisa".

Para o ministro, "com uma crise política desse tamanho e a economia continuar crescendo consistentemente significa que o país conseguiu construir autoridades que possam responder essa questão".

Na avaliação dele, "a autoridade construída é o parlamento brasileiro, através das comissões parlamentares de inquérito que têm por obrigação investigar e punir quem quer que seja, com a assessoria da Polícia Federal, do Ministério Público, da CGU [Controladoria-Geral da União]. Mas nós precisamos separar muito bem as coisas".

Luiz Marinho disse que o Brasil está maduro para superar a crise política e "sair mais maduro ainda". "A política econômica brasileira e os resultados desse trabalho sério que o presidente Lula tem determinado nos levarão certamente à continuidade do crescimento, do desenvolvimento, da inclusão social e da geração de emprego e renda".

Atualmente, existem várias frentes de investigação para apurar as denúncias de corrupção no país. A Controladoria-Geral da União analisa contratos e licitações da Empresa de Correios e Telégrafos e de Furnas Centrais Elétricas para apurar supostas irregularidades. A Polícia Federal investiga as denúncias de corrupção nos Correios, no Instituto de Resseguros do Brasil, na estatal Furnas Centrais Elétricas, além do suposto pagamento de mesadas a parlamentares em troca de apoio ao governo.

Várias estatais também instalaram comissões de sindicância. No Congresso, estão em curso apurações no Conselho de Ética, na CPI dos Correios, na CPI da Compra de Votos e na Comissão de Sindicância da Corregedoria da Câmara.

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