Ministra ignora Agnaldo Timóteo e rechaça turismo sexual

Dois dias após o vereador Agnaldo Timóteo (PR-SP) ter criado polêmica ao fazer uma defesa do turismo sexual no País, a ministra do Turismo, Marta Suplicy, afirmou que uma das frentes de atuação de sua administração na pasta será exatamente a de combater o problema. Negando-se a comentar especificamente as declarações de Timóteo, Marta destacou que o Brasil não é um destino de turismo sexual e, por isso, não deve ser tratado como tal.

"É importante que nós brasileiros tenhamos essa consciência, senão a gente acaba transformando o nosso País numa coisa que não é", afirmou Marta, que teve nesta quinta-feira (29) sua primeira atividade pública em São Paulo desde que assumiu o ministério. A ministra visitou a feira de agentes de turismo Braztoa, organizada na capital paulista.

Marta insistiu que o Brasil tem "enormes possibilidades turísticas a serem exploradas", às quais dedicará seus esforços no ministério. "Quanto ao trabalho infantil, à prostituição infantil, isso será combatido com grande força. A gente espera que esse tipo de turista vá preso".

Apesar das declarações, Marta custou a falar sobre assunto. Mesmo questionada sucessivamente por jornalistas, a ministra manteve-se calada em todas as ocasiões. Sobre as declarações de Timoteo, disse apenas desconhecê-las. Depois de passar por muito empurra-empurra, já dentro do elevador do centro de convenções, Marta acabou aceitando reiniciar a entrevista coletiva.

A ministra também afirmou que não planeja nenhuma alteração na equipe do ministério. Segundo ela, a intenção é apenas substituir os funcionários que acompanharam o ex-titular da pasta, Walfrido dos Mares Guia, na mudança para a pasta de Relações Institucionais.

Sobre a compra da Varig pela Gol, Marta disse que a operação é positiva para o setor, pois contribuirá para suprir uma demanda hoje não atendida de forma adequada no País. Em sua avaliação, haverá provavelmente o surgimento de um novo padrão de preços nas rotas internacionais.

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