Ministério Público pede quebra de sigilo telefônico de Sérgio Naya

O Ministério Público do Rio pediu hoje a quebra do sigilo telefônico do empresário Sérgio Naya, no período em que ele esteve preso na carceragem especial da Polícia Interestadual, no Ponto Zero, entre março e julho. O promotor Rodrigo Terra, da Promotoria de Defesa da Cidadania, e a promotora Dora Beatriz Costa, da Promotoria de Investigação Penal, querem saber se o empresário negociou por celular a venda de um hotel em Orlando, na Flórida.

O Hotel Sandy Lake Towers, que estava entre os bens seqüestrados pela Justiça, estava avaliado em US$ 30 milhões, mas foi arrematado por US$ 100 num leilão, para o pagamento de dívidas de Naya, que havia hipotecado o hotel. O negócio foi feito sem o conhecimento do Tribunal de Justiça do Rio. O pedido de quebra de sigilo telefônico será distribuído para uma das varas criminais do Fórum.

Os promotores também encaminharam pedido à Polícia Civil para abertura de inquérito policial a fim de apurar a denúncia de que pelo menos oito pessoas teriam recebido indevidamente indenizações pela queda do edifício – sete delas são da mesma família, que alegam ter se hospedado no prédio, e o oitavo é um chileno, que apresentou um documento particular de compra de um dos apartamentos.

“O inquérito policial vai permitir que mais elementos sejam reunidos para entrarmos com uma ação por estelionato e falsidade ideológica. A polícia vai intimar os envolvidos no caso, tomar depoimentos”, disse Terra. O promotor disse estranhar que o advogado da família, Jader Pedrosa do Nascimento tenha passado a se esquivar em dar entrevistas depois da divulgação da denúncia.

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