O Ministério da Saúde, através da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), iniciará este mês o Inquérito Nacional de Soroprevalência da Infecção Chagásica no Paraná. O projeto vai estimar a ocorrência da doença de Chagas na população de 0 a 5 anos de idade, residente na área rural. Estima-se que sejam coletadas 8 mil amostras em 160 municípios. O objetivo principal é a prevenção da doença.
Além do inquérito, a Sesa prepara diversas ações preventivas, entre elas a reestruturação do Programa de Controle da Doença de Chagas. Neste programa, será realizada a divulgação da forma de transmissão da doença e prevenção. “Queremos conscientizar a população para que em caso de encontrar inseto suspeito procure um dos laboratórios da Sesa, para que sejam tomadas as providências necessárias”, conta a responsável pelo Programa de Controle da Doença de Chagas, Themis Valéria de Souza Batista.
O programa de eliminação do inseto triatoma infestans, conhecido como “barbeiro”, é outra ação preventiva da Sesa. Pretende-se verificar a ausência do barbeiro em todas as casas da zona rural em 8 municípios durante três anos consecutivos para que o Paraná receba a certificação de eliminação vetorial da doença pela Organização Panamericana de Saúde (Opas).
Hoje, a doença é rara no Paraná. A transmissão é esporádica e acontece, principalmente, no norte e oeste do estado. Os casos crônicos estão diminuindo a cada ano. Porém, ainda são registradas muitas mortes devido ao contágio da doença há 20 ou 30 anos. No ano de 2003, ocorreram 266 mortes no estado.