Ministério da Educação vai ampliar a distribuição de livros nas escolas

Brasília – O Programa Nacional de Biblioteca da Escola (PNBE), que distribui livros para escolas públicas do ensino fundamental, passará a abranger também a educação infantil e o ensino médio. Segundo a diretora do Departamento de Políticas de Educação Infantil e Ensino Fundamental do Ministério da Educação, Jeanete Beauchamp, o acervo vai incluir prosa, poesia e história em quadrinhos. ?Isso é importante porque a formação dos leitores se dá desde anos iniciais, por isso se trabalharmos com a leitura apenas no inicio do ensino fundamental, pode já ser tarde para as crianças?, argumenta.

Beauchamp ressalta a Política de Formação de Leitores, implantada no ano passado pelo MEC, em que uma das ações é a elaboração da revista Leituras, com edição quadrimestral, com informações sobre formação de leitores. Lembra ainda que estão sendo distribuídos nas escolas públicas kits com orientações para utilização dos acervos do PNBE e orientação para o uso de dicionário sala de aula.

A implantação dos centros de leituras multimídias, uma das ações previstas da Política de Formação de Leitores, ainda não foi concretizada. Mas segundo Beauchamp, o edital para a instalação dos centros deve ser publicado em breve. Inicialmente, devem ser implantados 60 pontos de bibliotecas multimídias, com acervos, computadores, acesso à internet, aparelhos de televisão e DVDs, além de um programa que permitirá o acesso a obras clássicas.

Para a diretora do MEC, a modernização das bibliotecas públicas é um dos passos importantes para o aumento do acesso dos brasileiros aos livros. ?É preciso investir na atualização das bibliotecas públicas municipais para que elas possam se transformar em lugares onde a população vá não apenas para fazer pesquisas, mas para fazer leituras prazerosas, acessar jornais e revistas?, defende.

A diretora defende que é preciso que a leitura se torne uma prática sócio-cultural nas escolas. ?Eu acho que a escola deve ser um centro de formação de leitores. É preciso também que as escolas trabalhem a leitura não apenas do ponto de vista didático, mas que a leitura na escola seja também prazerosa, não apenas para ter uma lição a cumprir, uma prova a realizar".

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