Militares dos EUA são acusados de estupro no Iraque

Os soldados americanos acusados de estuprar e matar uma menina de 14 anos consumiram bebida alcoólica e praticaram tiro ao alvo com bolas de golfe antes do ataque, relatou hoje um investigador ante a corte militar que determinará se os militares devem ser julgados ou não.

O investigador Benjamin Bierce disse ter entrevistado um dos acusados, James P. Barker, em 30 de junho, e ter registrado os detalhes do crime ocorrido em 12 de março.

Bierce declarou nesta segunda-feira (07), no segundo dia de audiência, que está sendo realizada em Bagdá. Os juízes militares deverão determinar se os cinco soldados supostamente envolvidos no caso deverão ser julgados pelo estupro e morte de Abeer Qassim al-Janapi e os assassinatos de seu pai Qassim Hamza, sua mãe Fikhriya Taha, e sua irmã de cinco anos, Hadeel, no povoado de Mahmoudiya, numa das áreas mais violentas do Iraque

Este é um dos casos mais graves de supostos delitos que teriam sido cometidos por soldados americanos no Iraque.

Barker é acusado juntamente com o sargento Paul E. Cortez e os soldados rasos Jesse V. Spielman e Bryan L. Howard de estupro e assassinato. Outro soldado, o sargento Anthony W. Yribe, é acusado de não ter denunciado os fatos, dos quais aparentemente também teria participado de forma ainda não especificada.

Hoje, o soldado Justin Watt disse que Howard teria comentado que Green, Cortez e Barker planejaram o estupro de uma garota e Howard ficaria encarregado de vigiar. Bierce contou que na véspera do ataque, Barker, Cortez, Spielman e Green haviam jogado baralho e tomado uísque misturado com bebida energética. Depois, ao que parece, treinaram a mira em bolas de golfe.

Barker disse que depois estuprar, matar e incinerar o corpo da garota, todos retornaram ao seu local de origem, onde Barker preparou frango frito para o jantar.

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